Mãe acusa unidade municipal de negligência após filha de 15 anos receber soro vencido no Pronto Socorro da Imbetiba na cidade de Macaé (Norte Fluminense do Estado do RJ) Caso reacende críticas à gestão da saúde pública na cidade.
A crise na saúde pública macaense ganhou mais um capítulo revoltante. Uma moradora denunciou que sua filha de 15 anos recebeu soro vencido no Pronto-Socorro Municipal da Imbetiba, unidade de atendimento de urgência na cidade.
Segundo o relato, a adolescente deu entrada na unidade apresentando hemorragia e fraqueza intensa. O médico de plantão teria diagnosticado anemia e prescrito apenas dipirona com soro, liberando a jovem para casa logo em seguida.
“Minha filha estava muito fraca, com sangramento. O médico disse que era anemia e aplicou apenas dipirona com soro. No dia seguinte, ela piorou muito, e quando fomos ver, o soro aplicado estava vencido desde 26 de março de 2025. Agora, ela está internada no HPM recebendo transfusão de sangue. Foram duas negligências graves: a falta de suporte médico e o uso de medicação vencida. Isso é um absurdo!”, denunciou a mãe, revoltada.
A denúncia é acompanhada de uma imagem do rótulo do soro, comprovando a data de validade expirada há mais de sete meses. O caso gerou indignação entre moradores e profissionais da área da saúde, que afirmam que a situação reflete o descontrole e a falta de fiscalização na rede municipal de Macaé.
Essa não é a primeira denúncia envolvendo a precariedade do atendimento na cidade. Na última semana, a equipe do Fala Geral nas Ruas esteve no Centro de Saúde Dona Alba, onde foram registradas queixas de descaso com idosos em filas enormes e atrasos em marcação de exames e consultas.
Agora, menos de sete dias depois, surge mais um episódio grave — desta vez, envolvendo o risco direto à vida de uma menor de idade.
Um erro gravíssimo. O uso de qualquer medicação vencida é proibido por normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pode causar reações adversas, contaminação ou ineficácia do tratamento.
Além disso, o atendimento sem a devida investigação clínica de uma paciente com sintomas de hemorragia pode configurar negligência médica e administrativa. A utilização de medicamento fora da validade é uma violação grave das normas sanitárias. Cabe ao gestor do hospital e à Secretaria de Saúde apurar o fato imediatamente e suspender o uso de lotes suspeitos.
A adolescente está internada no Hospital Público Municipal (HPM), onde recebe transfusão de sangue e segue em observação. Até o momento, a Prefeitura de Macaé e a Secretaria Municipal de Saúde não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Moradores cobram transparência, responsabilização dos envolvidos e uma auditoria nas unidades de saúde do município.
As denúncias se acumulam e revelam um cenário preocupante: falta de gestão, fiscalização e respeito à vida no sistema de saúde municipal. A população, que paga caro por impostos e promessas, exige respostas concretas.
Enquanto isso, famílias como a da jovem afetada continuam lutando para ter o mínimo — um atendimento digno, seguro e humano.
Redação: Fala Geral nas Ruas
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